Tínhamos tudo isto e mais.
O Euro não nos favoreceu em nada. Estamos muito mais pobres e endividados!
Agora é que a porca torce o rabo. As eleições finlandesas deram o terceiro ligar em assentos parlamentares ao partido xenófobo de extrema direita. Como se sabe a Finlândia tem sido governada sem maiorias absolutas, pelo que tem havido entendimento entre partidos mas com este partido a conseguir tantos lugares, como vai ficar a situação? Só velo duas hipóteses: propor ao tal partido, participação no governo, à condição de não levar por diante a ideia de cortar os apoios aos estados necessitados, ou formar governo de maioria com outros partidos de maneira a isolar aquele. Hipótese derradeira, Portugal abandona o clube do Euro, mantendo-se na União, adoptando uma outra moeda, ou volta às origens e trabalha só com o FMI, que até ver até está a querer suavizar o problema da dívida.
Esta ideia surge depois de sabermos que estando a União Europeia envolvida na recuperação das nossas finanças, talvez até fosse bom estarmos de fora do Euro (moeda) adoptarmos uma moeda mais condizente com o nosso nível de vida e começarmos do zero, sem a pressão dos 3% de teto para gastos do Estado, como meta que nos penaliza imenso como cidadãos trabalhadores. Estão a levantar-se vozes que declaram que os portugueses têm salários muito altos e isso dificulta a vida económica do País. Eu já sabia isso mas os governantes não descortinaram nada, só pensaram em fazer parte dos ricos, agora somos ricos pobres da União. Para se ter lugar neste Clube teria de haver uma paridade mais próxima das moedas nacionais quedo se fez o acordo monetário. Se assim tivesse sido feito, estaríamos muito mais à vontade para regatear apoios e ajudas, como não aconteceu, ficámos nas mãos dos povos nórdicos e tornámo-nos uma espécie de prestadores de serviços, vendendo o que outros produzem. Foi assim que vendemos parte do Alentejo, Algarve e sabe-se lá o quê mais.
Onde estão agora os animais que animavam as aldeias deste País?
Era forçoso que isto acontecesse, o salário mínimo dos estrangeiros era o máximo dos portugueses, tínhamos sido forçados a abandonar asa pescas, a agricultura e deixado de produzir muitos para as tropas. Exportações não se faziam ou eram muito reduzidas. Apesar dos 12 anos jia decorridos sobre a data de da revolução. Todos os meios de produção nacionais têm sido alienados, tal como o património. Já se foram os anéis, estaremos em condições de ficar ao menos com os dedinhos? Agora devíamos como povo independente, regressar aos nossos afazeres de sempre, produzir o que nos faz falta e mandar estes jogos florais às favas. Afinal até já vivíamos como povo independente, há mais de 800 anos. Que saudades de ver os rebanhos de animais a atravessar os terreiros das aldeias, das vendedoras de hortaliças e frutas, das varinas nas ruas, do verdadeiro pão cozido no forno da casa ou no pão quente das padarias a lenha. Com 60 anos de idade, sinto verdadeira saudade de viver o antigamente. Isto afinal só ficou bom para os que eram presos políticos, que hoje apregoam muito a democracia, nos fizeram acreditar nela mas nada fazem para a credibilizar!A solução ou parte dela est´s naquilo que tivermos aprendido com esta crise.
Virgílio Ribeiro



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